sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A crise que vai além da Líbia

Desde o início do ano, em todo e qualquer meio de comunicação haverá pelo menos um manchete que trate da “crise” na África. Isto por que a desigualdade, o desemprego, a falta de oportunidade e a miséria que está inerente as camadas populares dos países árabes está em evidencia na mídia. Seguindo o exemplo do Egito, o povo africano se deu conta de sua força, ou , agora passaram a acreditar que esta vontade prática de mudar o contexto da maioria da população não é só o ensejo, mas sim uma possibilidade factual.

A “vitória” do povo egípcio em ter conseguido sair de uma ditadura de 30 anos, de forma “pacífica” veio aguçar um desejo antigo de liberdade de outros países como Argélia, Iêmen, Djbuti, Sudão, Omã, Líbia entre outros que vivem no regime de ditadura, porém, a repressão tem sido acentuada em alguns desses países que vêm sofrendo com os ataques do governo ditatorial.

Se analisarmos bem, onde temporalmente está a tão falada crise? Índice altíssimo de desemprego, fome, saneamento básico, conflitos étnicos, precariedade do sistema educacional, já existiam antes das manifestações. Para o mundo crise trata-se apenas de massacres? Massacre, guerra civil, trata-se de caos não crise. A crise já estava instaurada a 42 anos na Líbia e a tantos os anos nos demais países.

Nos jornais de hoje (25/02/11) li a seguinte noticia: “Conselho da ONU debate exclusão da Líbia” . Esta questão está sendo levantada pelo Conselho dos Direitos Humanos. Afinal, para a ONU o único direito ao qual é assegurado ao ser humano é a vida? Onde está a ONU e seu Conselho de Direitos Humanos que não interfere num país (Líbia) onde as mortes como em tantos outros países são lentas e tão lastimáveis quanto lutando por liberdade? Desta forma, a ONU com seu ideal omisso não luta de fato contra os abusos às populações marginalizadas pelo mundo, ela agi tão somente pelos interesses políticos e econômicos de um determinado lugar para obter uma determinada credibilidade que só obtém de quem não conhece a sua missão. A interferência da ONU é obsoleta é distante demais dos que de fato precisam. Crise é ver uma entidade engravatada, endinheirada, inacessível, e omissa a problema que há muito já existia.
Jane Bem

3 comentários:

  1. Você começou com um tema bastante importante , não só para a própria Líbia , mas para o mundo todo que é afetado e sofre reflexos dessa crise. Muitos acham esse assunto irrelevante e que nada têm a ver com eles, pois estão enganados ; uma vez que a crise continua o preço do petróleo aumenta, ou seja, mais gastos para TODOS nós, e também o lado humano e solidário que é afetado pelas cenas de violência que lá se encontra.

    AMEI esse seu novo blog e espero que continue assim... crescendo e nos fazendo crescer com sua inteligência.

    TE AMO!

    BEIJOS!

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  2. Pois é; e a reação em cadeia continua se partirmos da lógica que se; o petróleo aumenta, o conbustível aumenta, os camiões que transportam os alimentos usam mt conbustivel, aumentando assim o preço dos alimentos e tantos outros aumentos que ainda estão por vir se a crise se prolongar!!

    Muito obrigada pela gentileza e pelo carinho de sempre!!!

    Graças a vce seu incentivo resolvi tentar entender, aprender e exprimir os acontecimentos que influenciam nossas vidas apartir do meu ponto de vista.


    Também amo muito vc!!

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  3. Amiga, amei o novo projeto! Fruto de uma mente brilhante! Mas vamos lá, achei interessante asua visão de que a Líbia já se encontrava em crise desde de quando a ditadura foi instaurada, o que vemos me parece é uma espécie de demagogia diante da opinião pública, a ONU e o Conselho de Direitos Humanos agem de forma fleumática, diante do massacre.

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