segunda-feira, 28 de março de 2011

Um Brasil de poucos leitores

Que beleza de saber!

O indicie de leitura no Brasil aumentou em 150%. É pouco? É. E como é. Um país com o tamanho do Brasil ainda ser tão carente de leitura é um fato. Fato determinante para nossa posição como uma nação ainda pouco esclarecida diante do mundo. Isto era até desnecessário ressaltar, até porque livro deveria se chamar; olhos do mundo. É perpassando pela leitura – independente do gênero textual – que nos apoderaríamos dos nossos problemas (salvo para quem não o vive), entender da mente, do corpo, do meio ambiente, da fala, da poesia, dos romances, das criticas acadêmicas, das curiosidades e estranhezas, enfim, da nossa cultura e vida como um todo.

Ler é mais que um ato de lazer ou ato de abastados que têm a possibilidade de obtê-los, é uma responsabilidade enquanto cidadãos de nos interarmos do mundo para que possamos abraçar as causas dos que mais precisam, ou, acompanhar/fazer como e com o que pode. Ler é também, distrair a mente desta maldita doença da qual também sofro ou me permito sofrer – O estresse- e de tantas outras como a depressão por exemplo. O livro não cura, mas sem dúvida sana as dores possíveis.

Desfrutar de um bom livro é desfrutar da vida, e da forma como ela se apresenta. Já imaginou quantos livros vocês já teriam lido se não fossem tantos jogos eletrônicos, facebook, orkut, MSN e tantos outros não citados? A internet é um fato, um instrumento que a meu ver só veio a melhorar nossas vidas. Agora, se querermos ficar ociosos por inúmeras horas (eu já fiz muito isso, mas estou me reeducando) enquanto nossas prateleiras estão lá, com vários enfeites chamados livros, ou, tantos desses livros lidos superficialmente – quando lidos – e outros interrompidos por motivos tão banais e pessoais que não vem ao caso dizer.

Neste torvelinho do mundo da leitura, é preciso destacar que a acessibilidade ainda é mínima, ou melhor, seu preço é alto. “Mas, tem de ser né?” Digam-me o que os governantes poderiam fazer com uma massa politizada? A massa provavelmente não se chamaria massa, mas cidadãos.

Termo respeitoso, não?

É justamente por aí que começam nossos problemas e principalmente nossas soluções.



Jane Bem


quinta-feira, 24 de março de 2011

Quem é o ficha suja?

É indecoroso acordar e saber através de todos os telejornais que os corruptos estão de volta. Aliás, os “bons e velhos” corruptos, pois com ou sem estes, o Brasil já é um país dotado de prevaricações para com seu povo no passado, no presente, e pelo que parece, no futuro também.

É bizarro, homens “esclarecidos”, membros que são pagos apenas para o cumprimento da lei, nos acordarem dizendo atender ao recurso solicitado pelos candidatos das eleições passadas que possuem a ficha suja (generosidade chamar de sujo) para que esses possam tomar posse, pois, segundo os obscurecidos; ôps! esclarecidos, é primordial que seja obedecida a Constituição Federal, alegando que está contida na respectiva Constituição que para o cumprimento da lei, é preciso que a mesma tenha sido criada e aprovada um ano antes, ou seja, após a criação de uma lei que discrimine determinado ato, durante um ano você pode cometer os mesmos crimes que a Constituição lhe assegura privilégio.

O Supremo Tribunal Federal me deixou boquiaberta. Infelizmente não fiquei surpresa em trazer a tona uma séries de atos ilícitos dos representantes eleitos pelo povo – não faço idéia o que se passa na cabeça das pessoas que os elegem – mas sim, pelo órgão de maior credibilidade na justiça no que diz respeito a parlamentares, ter compactuado com esta estupidez. Obedecer a Constituição, e dizer sim ao crime. Afinal, estamos falando de uma facção ou de magistrados (corrompidos) que supomos fazer o melhor para amenizar esta falsa democracia chamada Brasil. Minha grande dúvida é; onde está a obediência e o bom senso quando em todo e qualquer Constituição, código, antigo ou atual diz em letras garrafais que roubar dinheiro público é CRIME? Quem é o maior criminoso? Os descarados corruptos ou um Tribunal sem ética e sem decoro? Os meios não são neutros (os deputados, senadores, etc.), eles têm tanta responsabilidade quanto os fins (o STF) que disse sim a estas calhordices, ou seja, eles se equiparam. São firme em diante dos fracos e são fracos diante do poder. Usam a mesma lógica; não usam a Constituição, mas sim a politicagem podre deste país. Para mim, quem rouba é ladrão, e quem compactua é tanto quanto.

É preciso ter um Supremo Tribunal Federal limpo, para julgar e condenar um ficha suja.


Nesta história é adequado o ditado: o sujo e mau lavado.




Jane Bem